206 ANOS DA REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817
"A Revolução Pernambucana começou em 6 de março de 1817, quando o militar português Manoel Joaquim Barbosa foi assassinado pelo capitão José de Barros Lima, que reagiu à voz de prisão por suposto envolvimento em conspiração contra o governo. Isso fio o estopim para a rebelião que rapidamente dominou o Recife.
O governador da capitania, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, transferiu o governo para o Forte de Brum. Sem forças para reagir à revolta, ele fugiu em direção ao Rio de Janeiro. Os rebeldes assumiram o poder da capitania e instalaram um governo provisório, que tratou logo de adotar medidas que beneficiassem a elite local.
O movimento contou com a participação de vários grupos sociais, como a elite local, militares, comerciantes e padres. Os revoltosos defendiam:
a proclamação da República;
a liberdade de imprensa e de culto;
o aumento do soldo dos soldados;
a instituição dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário);
a manutenção do trabalho escravo.
Esse último item das reivindicações dos participantes da Revolução Pernambucana mostra que a camada mais pobre não participou das suas atividades. Percebe-se a contradição entre o discurso e a prática. Ao mesmo tempo em que se pregava a instalação de um novo governo em Pernambuco que promovesse a igualdade e a liberdade, a escravidão seria mantida, ou seja, os negros escravos não seriam iguais aos novos governantes e nem conquistariam a liberdade. Em vários movimentos revolucionários de nossa história, observou-se isso.
Os revoltosos tomaram o poder em Pernambuco e formaram um governo provisório. O exemplo pernambucano conquistou o apoio de outras capitanias, como Rio Grande do Norte e Paraíba. No entanto, não tardou para que o novo governo perdesse força. Como os grupos que compuseram a revolução tinham interesses diversos, a divisão entre eles aconteceu. Dom João VI enviou suas tropas para a região e entrou em confronto com o governo provisório. Em 20 de maio de 1817, os revoltosos se entregaram ao general Luís do Rego Barreto. Por ordem do rei, eles tiveram penas exemplares, como o enforcamento e o fuzilamento em praça pública.
Data Magna
Em Pernambuco, o dia 6 de março é feriado porque se recorda o dia em que, em 1817, começava a revolução contra o domínio português e a instalação de um governo republicano na região. Apesar da curta duração, apenas 75 dias, o movimento deixou raízes na história de Pernambuco e confirmava a capitania como sendo um local de revolta contra o domínio do governo central.
Importância da Revolução Pernambucana
A Revolução Pernambucana desafiou o poder da coroa portuguesa ao questionar as abusivas cobranças de impostos e destacou a insatisfação dos brasileiros com a presença portuguesa em pontos importantes do comando político, econômico e militar do Brasil. Ao tomar o poder no Recife, os rebeldes mostraram a possibilidade de se formar um governo próximo às exigências das revoltas. A Revolução Pernambucana manteve a tradição da capitania de ser um ponto de ebulição política e social.
Consequências da Revolução Pernambucana
A revolta em Pernambuco mostrou que os poderes locais eram instáveis quanto às ordens emitidas do Rio de Janeiro. Além disso, reforçou para a coroa portuguesa no Brasil e o Primeiro Reinado, logo após a independência, a necessidade de se criar tropas militares para manter a unidade nacional, dissipar as ideias republicanas e punir severamente os rebeldes.
Resumo sobre a Revolução Pernambucana
A Revolução Pernambucana de 1817 foi o último movimento separatista de caráter
republicano do período colonial brasileiro.
Teve apoio da elite local contra a presença portuguesa.
Defendia a república, manutenção da escravidão, fim da cobrança de impostos, liberdade de credo e de expressão.
Apesar do curto período no poder, os rebeldes foram derrotados pelas tropas fiéis ao governo, condenados e punidos em praça pública.
Por Carlos César Higa
Professor de História
Que história sensacional.
ResponderExcluirUau! Não sabia que Pernambuco já foi um país. isso é muito legal.
ResponderExcluiré de se imprecionar. rsrsrs
ResponderExcluirtemos que conhecer mais sobre nossa história.