Brasil em crise política: será que estamos prontos para o retorno da monarquia?

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🏛️ Brasil em crise política: será que estamos prontos para o retorno da monarquia?

Por Joao Oliveira, colunista de opinião – Maio de 2025

O Brasil está cansado. Cansado de escândalos, de brigas ideológicas, de promessas não cumpridas. Cansado da polarização que consome qualquer tentativa de diálogo e da eterna sensação de que nada muda — ou pior, só piora. Nesse cenário de desalento, um movimento curioso e, até pouco tempo atrás, considerado excêntrico, começa a ganhar força: o da restauração da monarquia.

Sim, você leu certo. Em pleno 2025, há um número crescente de brasileiros considerando seriamente que o retorno de um sistema monárquico pode ser uma alternativa viável para o futuro do país. Loucura? Talvez. Mas também um sintoma claro de que o modelo atual está em crise profunda.


A ideia não surgiu do nada. O nome de Luiz Felipe de Orléans e Bragança, herdeiro da antiga família imperial, volta e meia aparece em debates públicos defendendo um modelo de monarquia parlamentarista — como o da Inglaterra ou Japão. Para ele e seus apoiadores, essa forma de governo poderia trazer mais estabilidade, continuidade e moralidade à política brasileira.

É claro que a proposta divide opiniões. Muita gente ainda associa a monarquia à figura caricata de reis e rainhas distantes da realidade. Outros lembram que, em 1993, a população já rejeitou essa opção num plebiscito nacional. Mas será que o Brasil de hoje é o mesmo de 30 anos atrás?

A resposta parece ser não.

Hoje, enfrentamos uma nova era de frustração institucional. A democracia permanece no papel, mas na prática muita gente se sente excluída, enganada e sem voz. A descrença é tão grande que, para alguns, até um retorno à monarquia — algo impensável há poucos anos — soa como uma lufada de ar fresco.

Mas atenção: restaurar a monarquia não é como trocar de roupa. Exige mudanças constitucionais profundas, mobilização política e, principalmente, o apoio da maioria da população. E ainda assim, será que um rei resolveria nossos problemas estruturais? Ou estaríamos apenas trocando de símbolo enquanto as velhas práticas continuam?


A verdade é que esse movimento monarquista, mais do que uma proposta concreta de governo, revela um sentimento coletivo de desilusão. É o grito de um povo que não aguenta mais ser mal governado e que busca alternativas — mesmo que radicais ou improváveis.

Pode até ser que a monarquia não volte. Mas o fato de ela estar sendo considerada já diz muito sobre onde estamos… e para onde podemos ir.

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