Zelensky acusa Rússia de usar negociações para ganhar tempo e prolongar guerra
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante pronunciamento em Kiev nesta segunda-feira (20)
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira (20) que a Rússia estaria usando acenos diplomáticos como estratégia para prolongar a guerra. Moscou nega e diz estar pronta para negociações.
Zelensky acusa Rússia de “tentar ganhar tempo” com negociações; Moscou diz estar pronta para diálogo
Kiev, 20 de maio de 2025 — O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nesta segunda-feira (20) que a Rússia estaria usando os apelos por negociação como uma tática para “ganhar tempo” e continuar a guerra. A afirmação ocorre em meio a novas sinalizações do Kremlin sobre a disposição de retomar o diálogo com Kiev.
“Não vemos nenhuma intenção sincera por parte de Moscou. O que eles chamam de negociações são tentativas de enfraquecer o apoio internacional à Ucrânia e manter o controle sobre os territórios ocupados”, afirmou Zelensky em coletiva de imprensa.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia divulgou uma nota dizendo que Moscou “continua aberta ao diálogo, contanto que haja reconhecimento das realidades no terreno e respeito pelos interesses nacionais russos”.
Impasse diplomático
As conversas de paz estão congeladas desde 2023, enquanto o conflito continua em múltiplas frentes. Para Zelensky, as recentes manifestações do Kremlin não são um sinal de paz, mas sim uma estratégia de reposicionamento militar.
“Eles querem congelar o conflito, rearmar suas tropas e lançar novos ataques quando for conveniente”, alertou o presidente ucraniano.
Ele também renovou o apelo ao Ocidente por mais armamentos e sanções econômicas contra Moscou: “Esse é o único caminho para forçar a Rússia a negociar de verdade.”
Apoio internacional e guerra prolongada
Analistas internacionais afirmam que a postura da Rússia — intercalando ofensivas com discursos diplomáticos — já é conhecida desde o início da guerra. Enquanto isso, os Estados Unidos e países da União Europeia mantêm o fluxo de ajuda militar à Ucrânia.
O conflito, iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022, já deixou dezenas de milhares de mortos, milhões de refugiados e causou impactos econômicos globais. Até agora, não houve avanço significativo rumo a um cessar-fogo duradouro.
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